Há uma discussão constante sobre mulher “fura-olho” no Movimento Íntimo Feminino.
A princípio, o centro dessa discussão está no quanto as mulheres podem ser rivalizadas em um contexto absolutamente mascarado no mundo ocidental.
Logo, para que você compreenda melhor, estamos falando sobre uma postura padrão de algumas mulheres, comumente conhecidas como mulher “fura-olho”.
Por isso, diante dessa questão polêmica e ainda muito mal interpretada, trago para discussão esse tema que, ao invés de ser rechaçado, deve ser levado para a transformação.
Afinal, a maioria das mulheres já vivenciaram uma situação desse tipo.
Mulher “fura-olho”: tiro no pé
Mas qual a razão de querer pisar na outra? Já é tão difícil ser mulher em um mundo em que prevalece o ser masculino, que bem que poderíamos nos ajudar.
Não faz muito tempo que abri minhas ideias nas redes sociais frente a tantas ofensas ao ser feminino.
...Dessa forma, nasceu Movimento Íntimo Feminino para dar voz àquelas que precisam de apoio e de maior clareza, frente ao papel que temos na sociedade.
Infelizmente, muitas mulheres realmente acreditam que devem mesmo deixar adormecer potencialidades infinitas e se submeter ao que lhes é imposto: servir ao homem, como objeto de cama, mesa e banho.
Além disso, o pior é que muitas acreditam que a outra mulher é uma concorrente que deve sempre estar atrás ou abaixo.
Com isso, adquire-se aquela crença limitante da essência feminina, já que muitas não sabem que o encanto está exatamente em uma cabeça pensante e puramente na beleza interior.
Sendo assim, cada depreciação à outra, é uma depreciação à si mesma. Por isso, é tão importante entender isso.
Sendo assim, o Movimento Íntimo Feminino convoca todas as mulheres para uma discussão sociológica sobre como melhorar o inter-relacionamento feminino no mundo.
Ou seja, aquelas que aceitam essa distorção devem urgentemente promover uma reforma íntima.
Saiba que o respeito à outra mulher significa ter postura suficiente para não diminui-la em qualquer situação. Isso é um movimento de sororidade e é urgente no mundo.
Devemos nos manifestar sempre em favor da outra.
Embora já tenhamos avançado significativamente nessa luta, ainda é preciso desenvolver a sororidade.
As mães podem fazer a sua parte e educar as crianças com base no amor e respeito ao outro, independente do gênero. Assim, já conseguimos transformar as gerações futuras.
O mundo está diferente e as relações interpessoais precisam ser trabalhadas urgentemente.
Cenas explícitas de uma mulher “fura-olho”
Qual é o problema de mulheres que ainda insistem em modelos antigos de depreciação de outras?
Infelizmente, isso pode acontecer de diferentes maneiras, como em comentários pejorativos ou em qualquer atitudes de redução do tamanho da outra.
Para compreender melhor, vamos refletir sobre a história que a empresária Núcia Bianca Pereira nos trouxe há alguns anos:
“Fui a um evento com pessoas distintas de nossa sociedade, acompanhando uma grande amiga com seu namorado.
A história se inicia no momento dos cumprimentos.
Conhecia poucos no local, o que era inversamente proporcional ao namorado da minha amiga.

Então, os acompanhei nos cumprimentos e nas apresentações.
À medida que ia sendo apresentada aos convidados, me deparei com uma senhora, aos meus olhos, bem bonita.
Ela parecia bem sucedida. Com um belo bronzeado, ela trajava um vestido decote ‘JoJo Todinho’.
A saia envelope deixava à mostra as pernas. E ela as exibia em cruzadas bem ao estilo do filme Atração Fatal, sem qualquer preocupação em mostrar sua roupa íntima.
Achei diferente. Reparei que os olhos de todos que estavam à sua frente se fixavam em seus movimentos.
Porém, preferi manter uma opinião de que a mulher pode usar o que bem entender, já que somos livres. Tentei não julgar, mas continuei a analisá-la.
Era uma festinha para poucos convidados e o anfitrião nos deixou à vontade para levar nossa própria bebida. Compartilhamos com os mais íntimos.
Mulher “fura-olho” em ação
A minha surpresa foi quando, a mesma distinta senhora, veio até nós e pediu para degustar nosso vinho, que diga-se de passagem, veio com bastante sede.
Ela gesticulava e se movia, como a se exibir para o acompanhante da minha amiga.
Percebi que ele estava meio desconcertado, porém já se conheciam antes de algum lugar e ela deixava isso bem evidente. Ela ria alto, seus seios eram expostos propositadamente.
Se levantava o tempo todo, ensaiava passos de dança na frente do namorado da minha amiga, quase a humilha-la com seu excesso de gostosura.
Na sequência, emendou generosos e magníficos elogios à ele, que tentava ser gentil. Para encerrar, ela o abraçou e disse que eles eram amigos de longa data e que ela o adorava.
Minha amiga respondeu sorrindo de forma bem clara e objetiva, que ele estaria completamente livre para ela, se assim fosse o desejo de ambos.
Mulher que respeita mulher
Como podemos exigir dos homens o comportamento respeitoso e decente, sendo que nós mesmas temos comportamentos tão levianos e desrespeitosos com outra mulher?
Na minha opinião, exaltamos os homens com o nosso rebaixamento. Nossas imagens são levadas em níveis tão baixos, que nos tornamos objetos facilmente substituíveis.
Os objetivos da minha colega de gênero nunca saberei e não me ‘pré-ocupo’ com ela.
O ponto é que, por causa desse tipo de comportamento, temos sido todas julgadas e sentenciadas a um tratamento inferior.
Somos niveladas por baixo…
Não defendo os homens e nem justifico os atos machistas que nos magoam tanto.
Minha sensação é que quando mulheres fazem isso, parece estarem roubando nosso direito de igualdade e respeito.
Ao se vestirem com vulgaridade, nos fazemos passar por prostitutas, agem como elas e não recebem nada. Somente desprezo.
Acredito que a sensação de vazio e solidão é o que sobra, assim que o suposto homem desejado, termina o que veio buscar e sai a busca de um novo objeto.
Agora, imagine-se numa sociedade onde todas as mulheres são virtuosas. Onde elas não olham para homens comprometidos. Não se jogam no colo deles.
Mulheres que os façam conquistá-las e que não aceitem qualquer tratamento. Que não exponham o corpo, como uma mercadoria disponível por nada e que apenas se deixem apreciar pelo escolhido. Apenas ele tem essa deferência.
A maioria dos homens não age de forma tão desrespeitosa com outro homem acompanhado. Eles são bem cúmplices um do outro.
Algumas mulheres plantam um tremendo abacaxi na própria vida e esperam colher uvas. Por isso, é preciso repensar sobre a verdadeira sororidade”.
A conexão continua
Após esse relato, imagino que você possa também ter se lembrado de histórias semelhantes. Por isso, a discussão não termina aqui.
Sendo assim, gostaríamos de saber a sua opinião e, até quem sabe, alguma história de alguma mulher “fura-olho” que tenha participado da sua vida.
Deixe aqui nos comentários para que possamos refletir a respeito e mudar o curso da história.
Afinal, para quebrar essa corrente, é preciso acolher essas mulheres devoradoras, ao invés de excluí-las e odiá-las.
É preciso entender que enquanto uma mulher estiver presa, nenhuma de nós estará realmente livre.