A violência contra mulher não acontece somente quando há agressão física.
Isso significa que abusos psicológicos, sexuais e físicos, assim como a própria relação com o patrimônio são também considerados tipos de violência doméstica.
Graças às mulheres que lutaram antes de nós, hoje, estamos mais seguras perante à justiça. É o que dita a Lei Maria da Penha, um verdadeiro divisor de águas na vida das mulheres no Brasil.
No entanto, infelizmente, a luta continua, já que ainda há muito o que ser feito para proteger a mulher do homem algoz.
Violência contra mulher e a Lei Maria da Penha
Antes de mais nada, é preciso reconhecer que a principal legislação brasileira para a enfrentar a violência contra mulher, a Lei Maria da Penha, é reconhecida internacionalmente.
Assim sendo, essa lei está entre as três melhores legislações do mundo no enfrentamento à violência contra mulher, segundo a Organização das Nações Unidas.
...No entanto, o que poucos sabem é que a violência doméstica vai muito além da agressão e da dor física. Por isso, é importante abrir os olhos e acender o sinal vermelho, caso você vivencie situações desse tipo.
10 formas de agressões que são consideradas violência contra a mulher no Brasil
Agora você vai se informar sobre 10 tipos de agressões que não são físicas, mas que apontam como violência contra a mulher no Brasil.
Por isso, ao sinalizá-las, não hesite em pedir ajuda.
1 – Atirar objetos, sacudir e apertar os braços
Nem toda violência física é espancamento.
Por exemplo, situações como a tentativa de arremessar objetos, com a intenção de machucar, também são considerados como violência contra mulher.
Da mesma forma, contê-la pelos braços em uma medida de força é também considerado agressão contra a mulher.
2 -Tirar a liberdade de crença
É importante saber que um homem não pode restringir à ação, à decisão ou à crença de uma mulher.
Logo, isso também é considerado, como uma forma de violência psicológica à mulher.
3 -Fazer a mulher crer que está enlouquecendo
O nome para essa atitude é “gaslighting”. Essa é uma forma de abuso mental que consiste em distorcer os fatos e omitir situações.
Nesse tipo de violência, o objetivo é deixar a vítima em dúvida sobre a sua memória e sanidade. Por isso, essa é uma violência que atinge fortemente sua estrutura psicológica.
4 – Controlar e oprimir a mulher
Nesse caso, o que conta é o comportamento obsessivo do homem sobre a mulher.
Logo, querer controlar o que ela faz, não deixá-la sair, impedi-la de ver a família e amigos, assim como investigar mensagens no celular ou invadir e-mail da mulher e mensagens pessoais também é uma forma de controle e violência.
5- Expor a vida íntima
Outra forma de violência moral é falar sobre a intimidade do casal para terceiros.
Além disso, permitir vazar fotos íntimas nas redes sociais, como forma de vingança, também é uma ação violenta contra a mulher.
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6 – Humilhar, xingar e diminuir a autoestima
Agressões como humilhação, desvalorização moral ou deboche público em relação a mulher, representam também como tipos de violência emocional.
7 – Forçar atos sexuais desconfortáveis
É importante deixar claro que violência sexual não é só forçar outra pessoa a fazer sexo.
Isso significa que obrigar a mulher a fazer atos sexuais que causam desconforto ou repulsa, como a realização de fetiches contra a sua vontade, também é considerado uma forma de violência.
8 – Impedir a mulher de prevenir a gravidez ou obrigá-la a abortar
Impedir uma mulher de usar métodos contraceptivos, como pílula do dia seguinte e anticoncepcional, também é considerado violência sexual. Da mesma forma, obrigar uma mulher a abortar é igualmente considerado uma forma de abuso.
9 – Controlar o dinheiro ou reter documentos
Tenta controlar, guardar ou tirar o dinheiro e documentos da mulher contra a sua vontade é considerado uma violência patrimonial. Por isso, essa também é uma forma de violência à mulher.
10 – Quebrar objetos da mulher
Outra forma de violência ao patrimônio da mulher é causar danos propositais a ela, como por exemplo, quebrar os seus objetos particulares.
Fique atenta!
Agora que você já sabe identificar agressões sutis contra a mulher, ligue o sinal de alerta, caso se depare com algumas dessas situações.
Muitas vezes, estamos sendo violentadas de incontáveis maneiras, mas achamos que “faz parte do relacionamento” ou que agressão é somente física. Isso não é verdade.
Sendo assim, não evite procurar ajuda, seja psicológica, policial ou mesmo um ombro amigo para compartilhar. Você é muito rara e a sua vida é valiosa, não permita nada além de muito respeito.
Às vezes acreditamos que nossa situação não tem jeito, mas basta o primeiro passo para que os caminhos se abram novamente. Você não merece viver assim por nem mais um dia.
Ligue 180 para a Central de Atendimento à Mulher, caso você esteja passando por alguma situação de violência. Faça isso com cautela, em um ambiente seguro e não permita ser convencida de que você está errada, ok?
Nós, do Movimento Íntimo Feminino, estamos com você!